Outubro Rosa é uma campanha de conscientização para o controle do câncer de mama, o tipo de câncer que mais frequentemente acomete as mulheres. Criado no início da década de 1990, seu objetivo é instruir sobre a prevenção e diagnóstico precoce, contribuindo com o sucesso do tratamento e diminuição da mortalidade. Confira oito mitos e verdades sobre essa doença.
- O câncer de mama só afeta quem tem histórico familiar
Mito:
Pessoas com familiares de primeiro grau acometidos pelo câncer de mama possuem um risco maior de desenvolver a doença. Mas, de acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer), apenas 5 a 10% dos casos estão relacionados a fatores hereditários. Ou seja, as medidas preventivas são fundamentais para qualquer pessoa.
- Quem faz o auto exame não precisa de mamografia
Mito:
O chamado “caroço no seio” não é o único sinal do câncer de mama. Além disso, nem sempre o nódulo é palpável (depende da localização e da extensão dessa formação). Muitos tumores só são detectados com o auxílio da mamografia.
O ideal é que todas as mulheres, sobretudo a partir dos 40 anos, façam o autoexame todos os meses, visitem o médico e realizem uma mamografia anualmente. No Brasil, há uma lei federal que garante esse direito.
- Todo caroço no seio é câncer de mama
Mito:
Os nódulos podem se desenvolver por fatores hormonais, por exemplo, que nada têm a ver com a presença de um tumor canceroso. Outro mito frequente em relação aos nódulos é o de que apenas os caroços mais firmes e difíceis de movimentar significam câncer. Isto não tem qualquer base científica. Por isso, a recomendação é que toda alteração seja investigada por um médico. Os especialistas em Ginecologista, Mastologista e Cirurgia Oncológica são os mais indicados para realizar essa avaliação.
- Antitranspirantes podem causar câncer de mama
Mito:
Quem defende essa teoria, a justifica explicando que a pele da axila absorve componentes químicos que se alojam nas células mamárias.
Apesar de já haver evidências desta hipótese (a axila realmente absorve componentes como o alumínio, que se concentram nas mamas), ainda não existe comprovação científica de que isso possa levar ao desenvolvimento do câncer.
- O câncer de mama pode ser causado por uma pancada nos seios
Mito:
Traumas por impacto não são capazes de desencadear um tumor. Uma pancada forte pode dar origem a fibrose no momento da cicatrização do machucado interno, o que dará a sensação da formação de um nódulo. Mas este processo não irá desencadear a multiplicação de células malignas na mama.
- Amamentar protege do câncer de mama
Verdade:
Isso se dá por dois fatores. O primeiro é que, enquanto produzem leite, as células mamárias se multiplicam menos, reduzindo o risco de desenvolver a
doença. O segundo aspecto é que a amamentação reduz o número de ciclos menstruais e, consequentemente, a exposição a certos hormônios que podem estar ligados ao surgimento de tumores, como o estrogênio.
Quanto mais tempo durar a amamentação, menos tempo a mulher estará exposta a estes fatores de risco.
- Atividades físicas ajudam prevenir o câncer de mama
Verdade:
A prática regular de atividade física (pelo menos 150 minutos por semana), traz benefícios a saúde em geral, a curto e longo prazo, e ajuda a prevenir uma série de problemas crônicos e agudos. No que diz respeito ao câncer de mama, segundo o Inca, a obesidade e o sedentarismo estão fortemente ligados ao risco de desenvolvimento da doença.
- O câncer de mama pode ter cura
Verdade:
Quanto mais cedo a doença for identificada, maiores serão as chances de cura. Por isso, existe tanto empenho em torno da conscientização para o diagnóstico
precoce, como ocorre na Campanha Outubro Rosa. No entanto, é sempre fundamental levar em conta que cada pessoa é única e a evolução da doença também. Os avanços em Cirurgia Oncológica e as estratégias terapêuticas garantem altos índices de sucesso. Nos casos mais avançados, a medicina dispõe de recursos que resultam no controle da doença e em ganho na qualidade de vida.
Junte-se a essa causa e compartilhe este conteúdo para ajudar a conscientizar mais mulheres.