Não é novidade que os idosos, aos poucos, vão se familiarizando com as novas tecnologias. Inúmeros aparelhos e novos serviços se incorporaram ao dia a dia dos mais experientes. As TVs que eles têm em casa nem se comparam com aquelas que conheceram no passado. Quem viu surgir o som 3 em 1, micro-ondas, computador e DVD, agora lida com banda larga, eletrodomésticos inteligentes, máquina de café e o onipresente smartphone.
Com as necessidades advindas pela pandemia, o público mais maduro, antes invisível pelo ecommerce, hoje aumenta a presença e o consumo em ambientes virtuais, fazendo com que as lojas criem estratégias para satisfazer este grupo, que a propósito, tem renda 9% superior à média da população, segundo a Kantar IBOPE Media.
Cada vez mais presente na internet, a crise sanitária acelerou a inclusão de idosos no ecommerce. Dados da Abcomm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) mostram que o grupo etário acima de 61 anos representou 6% do faturamento total do ecommerce em 2020, que foi de R$ 7,7 bilhões. Em 2019, o faturamento total dessa faixa etária foi de R$ 4,6 bilhões.
Muitas dessas pessoas que antes desconheciam ou ofereciam resistência, mudou a maneira de enxergar o ecommerce devido às restrições impostas pelas autoridades. A necessidade os levou a experimentar. Provaram, aprovaram e tudo indica que essa migração das lojas físicas para o varejo online continue no pós-pandemia. Trocaram o medo de colocar o número do cartão por um mundo de benefícios. O sócio-diretor do Shopping de Preços, Ananias Favero, aconselha os vendedores a ampliar seus canais de venda para aumentar a visibilidade e consequentemente, as vendas. “Hoje é possível vender praticamente tudo pelos marketplaces, as pessoas compram desde alimentos até autopeças. O importante é ter presença e estratégia.”
Por Cristina G Souza
Marketing Shopping de Preços